- Antes de qualquer coisa, ela saiu sozinha com as crianças? – a mãe de Seunome perguntou.
- Não nosso segurança foi com ela – respondi.
Peguei meu celular e enviei uma mensagem para a Seunome.
“Se você estiver com medo de andar sozinha ligue para o Paul, mas pra todos os casos sua mãe acha que ele saiu com você. Beijos do seu Duende. ‘‘.
- Bom, mas voltando ao assunto da Seunome voltar pro Brasil – Harry continuou – eu acho que não é necessário ela sair de Londres.
- Não que achamos que você não sabe o que faz e o que é certo pra ela – Liam encarou o chão – mas é que ela está tão bem aqui, com o namorado as amigas, ela está de bem com a vida, feliz – ele a olhou – e acho que seria péssimo pra ela se você a levasse de volta.
- Olha me desculpe, mas eu acho que a nossa filha viria falar com nós se estivesse mal – Samuel nos encarou serio.
- O senhor está enganado – Louis começou – Seunome está muito mal mesmo.
- Eu sei que vocês gostam muito dela e que ela deve estar muito feliz aqui, mas depois do acontecido não tem como eu deixa-la aqui sozinha – Andreia falou.
Aquelas palavras foram como um tapa na minha cara. Não estava dando certo, não íamos conseguir convencer os pais da Seunome. Ela teria que voltar para o Brasil. Senti as lagrimas nos meus olhos.
- Eu sei que é difícil você não sabe como nós nos desesperamos e nos sentimos culpados pelo sequestro, mas agora assim como nós ela está andando com segurança ao seu lado – Zayn tentou convence-los mais uma vez.
Andreia negou com a cabeça.
- Por favor, senhora a deixe ficar – falei entre o choro – não a leve de volta, não duraríamos um dia sem ela aqui.
- Pare de exagero menino – Samuel falou indiferente.
- Isso não é exagero – Liam sorriu de canto – ela nos ajuda em tudo aqui.
- Acho que só lembramos-nos do gosto de comida de verdade depois que ela veio pra cá – Louis falou sorrindo.
- Ela nos ajuda em shows, maquiagens, entrevista, ande chamarmos ela vai – Zayn continuou.
- Ela me ajuda em tudo, em tudo mesmo, eu não vou aguentar ficar sem ela, por favor, senhora – falei por fim entre o choro.
- Me desculpem meninos, mas realmente eu não vou conseguir ficar tranquila, minha resposta é não.
- Mas... – tentei falar, mas Samuel me interrompeu.
- Mas nada garoto está decidido.
- Nos de licença – Andreia pediu e Liam afirmou.
Eles se levantaram e sumiram escada a cima. Então era isso, era o fim. Não veria mais a Seunome todos os dias, não conversaríamos todos os dias, ela iria voltar pro Brasil e eu ficar aqui com minha agenda lotada, compromissos, sem tempo para celular e internert.
- É meninos, nós tentamos – Liam falou com os olhos vermelhos.
- Cheguei meu amor – Bryan gritou passando pela porta.
- Seunome não está – Harry levantou bravo.
- E quem te deu a permissão pra entrar assim na nossa casa – Zayn o encarou furioso.
- Bom também é a casa da minha querida namorada – se sentou ao meu lado – então – sorriu vitorioso.
- Por favor, né moleque Seunome não está já falamos saia da minha casa – gesticulei para a porta.
- Meninos agora não é um momento para brigas – Liam falou secando as lagrimas.
- Saia da nossa casa – Louis o tirou do sofá.
- Garotos – Samuel apareceu no topo da escada – nós vamos sair para conhecer a cidade avise nossa filha quando chegar.
- Claro senhor – Liam sorriu fraco.
- E, por favor, pesa pra ela já arrumar as malas vamos amanha de manha – Andreia pediu.
- Cla – claro – Liam respondeu mais uma vez, mas sem um sorriso no rosto.
- Tchau meninos – saíram.
- Oque foi? A mamãe não a deixou ficar? – Bryan falou em um tom debochado – eu avisei.
- Vem cá garoto qual seu problema? – Louis o empurrou – não se importa se sua namorada está aqui ou a milhares de quilômetros de você.
- Olha como você fala comigo guri – Bryan o peitou.
- Para os dois – Liam separou.
- E o problema é obvio né Lou, Bryan não gosta dela – Falei indiferente.
- A não me diga – Zayn bufou.
- Isso não é verdade – falou com humor.
- Por favor, né Bryan – Liam se sentou de frente a ele – olha o estado em que você a deixou em casa ontem.
- Ai larga de ser careta mano, qualquer um chega bêbado em casa.
- Mas não quem nuca teve costume de beber tanto – Harry falou.
- Pra tudo tem uma primeira vez querido, não foi culpa minha.
- E me explica como alguém que tem horror a cigarro começa a fumar sem influencia de ninguém? – Zayn o empurrou – anda me explica.
- Nossa para de serem tão controladores vocês não são os pais dela, e você topetudo arrogante não pode falar nada sobre cigarro ok? – se levantou.
- Olha eu não quero saber ok? – Liam se levantou – eu acredito na Seunome e você vai demorar um bom tempo pra sair sozinho com ela de novo, agora, por favor, se retire da minha casa – gesticulou para a porta.
- Primeiro – ele se levantou – volto a repetir que vocês não são os pais dela e não mandam nela e segundo, vai demorar mesmo já que ela vai voltar pro Brasil.
Harry ameaçou ir para cima dele, mas Liam o impediu.
- Sai da minha casa – Liam ordenou.
- Deixarei um recadinho para S/a – Sorriu e saiu batendo a porta.
- Otário – Harry socou o sofá.
- Calma Harry – falei.
O lugar ficou em silencio, escutava apena o som dos choros e o meu era o mais forte. Eu não acredito que ela vai realmente voltar para o Brasil, não acredito que vamos ficar tão longe, que não vou vê-la todo dia, ouvir sua voz, sua risada. Vai ser tudo tão diferente, tudo tão quieto, minha melhor amiga vai morar a milhares de quilômetro de mim. Eu ainda estou esperando alguém entrar por aquela porta rindo e falando que era apenas uma brincadeira. O silencio foi quebrado pelo celular do Harry tocando, ele engoliu o choro e atendeu.
- Alo princesa, sim vou sim já estou saindo de casa, beijos – desligou – Liam que hora que é a entrevista?
- Às 14h30min – respondeu.
- Tudo bem, estou indo ao parque gente alguém vem?
- Eu vou – enxuguei as lagrimas.
Seunome P.O.V.
Eu não conseguia parar de pensar nos meus pais e nos meninos, será que eles já falaram com eles? Mas algo me diz que eles não vão conseguir os convencer.
- Tia S/a – Lux puxava minha calça.
- Fala princesa.
- Vem binca.
- já vou anjinho, só vou esperar o Harry ok?
- Eba.
Lux saiu correndo de volta para o escorrega do parquinho.
- E ai gatinha – Harry me abraçou por trás.
- Bobão – me soltei.
- Elas são tão lindas juntas né? – Escutei a voz de Niall.
- Duende – o abracei.
- Nossa eu não ganho nenhum beijinho – Harry cruzou os braços.
- HARRY – Marcela gritou correndo em direção ao Harry.
- Oi princesinha – a pegou no colo.
- Feliz? – perguntei rindo.
- Ainda não, cadê me beijo? – se dirigiu a Marcela que o beijou – agora sim.
- Titio Hali – Lux veio correndo.
- Oi meu amor - Harry a pegou no colo.
- Niall – Marcela sorriu pra ele que a pegou no colo.
- Se divertindo lindinha? – ela afirmou sorrindo.
- Dindo – Lux apontou para o London Eye.
- Você quer ir lá? – sorriu e afirmou.
- Você também quer lindinha? – olhou pra Marc.
- Quero – sorriu.
- Então volta pro meu colo – estendeu o braço livre – Já voltamos.
- Ni, já conversaram com meus pais?
- Sim – me abraçou de lado com a cabeça baixa.
- Não conseguiram né? – fitei o céu.
- Não – percebi que começava a chorar.
- Duende? – lhe dei um beijo no rosto.
- Sim pote de ouro – sorriu pra mim.
- A gente nunca vai se afastar né?
- Nunca mais repita isso menina, é obvio que não.
- Mas é que sua agenda é tão lotada, não vai ter tempo pra mim – abracei sua cintura.
- Eu sempre vou ter tempo pra você meu anjo – me abraçou mais forte – eu te amo pequena – beijou minha testa.
- Eu também te amo.
Harry voltava com as meninas uma de cada lado de mão dadas com ele e um algodão doce na mão de cada uma.
- Se divertiram? – Niall perguntou.
- Sim – falaram juntas.
Acho que ele percebeu que eu já estava sabendo, minha cara não negava.
- Ah S/a – me abraçou.
- Vou sentir tanta sua falta Harold – afundei minha cabeça em seu ombro.
- Eu também pequena, eu também.
- Gente temos a entrevista – Niall falou pegando Lux que pedia por colo.
Marc nem precisou pedir que Harry já a pegou.
- Então vamos.
Os meninos me abraçaram pela cintura e fomos até o carro. Alguns fotógrafos tiravam fotos desde a hora em que eu cheguei sozinha com as meninas, mas agora eles eram muitos e estavam em cima de nós. Algumas fãs pediram fotos e autógrafos para os meninos, que claro deram. Separamos-nos cada um pro seu carro e claro que a Marcela e a Lux quiseram ir com o Harry então Niall foi comigo. O caminho foi divertido eu e Niall fomos cantando e dançando a musica que tocasse no radio. Queria ter ótimos ultimas lembrança dessa cidade e desses meninos. Eu deixei Niall na radio, pois os meninos mandaram uma mensagem avisando que Els e Dani ficaram com as meninas e já estavam indo pra lá. Cheguei em casa e as meninas estavam maquiando as crianças.
- Dani, Els – as abracei.
- Ah S/a. eu sinto muito – Dani falou quase chorando.
- Não vai ser a mesma coisa sem você aqui – Els sorriu.
- Não será a mesma sem vocês lá também – sorri entre lagrimas.
- Olha tata, Dani me maquiou – sorriu pra mim.
- Como vocês duas estão lindas – sorrimos.
E o resto da tarde se passou naquilo, maquiagem conversa e fotos. Eu sentiria falta daquelas duas loucas na minha vida, sim eu tinha meus amigos no Brasil, mas com essas duas eu já aprontei tanto, já me apeguei tanto. É eu sei foram só três meses, mas três meses que mudaram minha vida. Eu me acostumei e me apeguei tanto a essas pessoas, a essa cidade, a esse ‘’mundo’’ diferente. Vai ser difícil desacostumar.
Harry P.O.V
- E então meninos, porque vocês estão tão desanimadinhos assim? – A entrevistadora perguntou.
Nós nos olhamos esperando alguém tomar coragem em responder.
- É que... – Niall começou, mas foi impedido pelo choro.
- A Seunome está voltando para o Brasil amanha – terminei.
- A isso é muito chato, mas por quê?
A entrevistadora estava fingindo estar triste e aquilo estava me deixando irritado, ela estava preocupada mesmo era em terminar a entrevista e conseguir audiência.
- Motivos pessoais – respondi seco.
- É gente parece que a irmã mais nova dos One Direction não vai mais estar mais nas fotos do dia a dia dos meninos.
- Desculpa, me de um minuto. – Niall pediu e saiu chorando.
Bryan P.O.V.
- Fodeu meu irmão, fodeu – joguei a garrafa de cerveja no chão.
- Mano a gente precisa fazer alguma coisa – Sam gritou.
- Não tem como caralho ela vai embora amanha cedo.
- Meu irmão a gente precisa de grana – Dave me segurou pelo ombro.
- Eu sei, mas provavelmente eles vão ficar em casa hoje.
- Então chama ela pra sair – Sam falou obvio.
- Eles não vão deixar ela sozinha comigo de novo – Me sentei.
- ELES SÃO PAIS DELA AGORA? – Dave gritou.
- Pensa bem meu querido, ela vai embora amanha, você acha mesmo que ela vai deixar aqueles veadinhos pra sair comigo? E os pais dela estão ai não vão deixar – coloquei a cabeça entre as mãos.
- SE VIRA CARA PRECISAMOS PAGAR OS SEQUESTRADORES – Dave gritou – OLHA SÓ O QUE SUA BRINCADEIRINHA NOS CAUSOU.
- Eu queria ver aqueles desgraçados sofrerem um pouco – Sorri de lado.
- Não tinha um jeito mais fácil não? – Sam perguntou irônico – Agora se vira, porque um dos capangas dele veio cobrar pelo sequestro e pela cerveja importada.
- E não temos dinheiro pra mais um sequestro – Sam se sentou ao meu lado.
- Façamos nós mesmos – me levantei.
- Você tá louco? Como vamos fazer isso? Nunca sequestramos alguém – Sam andava de um lado para o outro – E outra depois que soltarmos ela vai falar que foi a gente.
- Ela não vai saber – falei calmamente.
- Como? – Sam perguntou.
- Mascaras né animal – lhe dei um tapa na cabeça.
- Mas você disse que ela não vai querer sair com você hoje – Sam me encarou confuso.
- Dou um jeito.
- Me tirem dessa vocês são uns loucos – Dave se levantou pegando as chaves do carro.
- Mas não mesmo maninho – lhe dei um tapa na mão jogando a chave longe – você concordou com a ideia e bebeu daquelas cervejas.
- Sua namoradinha também cobra ela.
- Mas é ela que vai pagar – rimos.
- Hoje anoite? – Sam perguntou.
- Hoje anoite – respondi sorrindo.
Tá eu não sei o que faria e como faria, mas tinha que fazer. Ou era conseguir a grana ou ser morto por um dos capangas de J. Olha aonde uma de suas brincadeiras te meteram em senhor Bryan. Já mandamos a sequestrar uma vez e não tivemos recompensa, agora a gente faz o trabalho e dessa vez ter que fazer bem feito. Ela já vai pro Brasil mesmo não vai fazer diferença mais um sequestro. E espero que agora consiga descolar uma grana legal pra divida com o J e outra parte pra minha diversão. E talvez ela nem volte para o Brasil, pode ser que ela fique naquela sala mesmo, depende de como a vadia se comportar. Pensando bem, ficar com a queridinha dos veadinhos da One Direction foi a melhor ideia que eu já tive.
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